O deputado federal Benes Leocádio, reeleito no Rio Grande do Norte pelo União Brasil, indicou que poderá integrar, na Câmara dos Deputados, a base de sustentação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Apesar de declarar que ainda não há definição sobre o assunto – até porque ainda não tratou disso com a direção da legenda –, o parlamentar destacou que é preciso colaborar com o novo governo.
O deputado disse, ainda, que o União Brasil saiu fortalecido das eleições, por ter conseguido a eleição de 59 deputados federais, 5 senadores (que se somarão à bancada de 5 senadores da legenda, totalizando 10) e 4 governadores. “Sem dúvida, é um partido que, se eleito Bolsonaro ou Lula, como foi, estaria inevitavelmente na mesma de discussões a participação ou discussão de identidade de base com o governo”, destacou.
Nesta quinta-feira, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar, afirmou que seu partido não será oposição “de jeito nenhum” ao governo Lula.
Ele disse ter “princípios econômicos diferentes”, mas ressaltou que “o que mais importa é o fortalecimento da democracia”.
“Queremos dar governabilidade e sustentação ao presidente Lula e apoiaremos com o maior prazer seu governo. Não vamos ser oposição de jeito nenhum”, prosseguiu Bivar, reeleito para a Câmara dos Deputados por Pernambuco.
Segundo ele, a conversa com Lula e o PT não ocorrerá “em clima de fisiologismo, mas de fortalecer as instituições e a democracia”.
PSD
O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, afirmou que são grandes as chances de a legenda integrar a base de apoio ao governo Lula.
“Todos sabem que há uma chance grande, até pela conduta de parte expressiva do partido, de caminhar para o apoio à gestão Lula. Vai haver condições, lógico”, disse, à Folha de S. Paulo.
Para isso, segundo ele, o petista deverá atender “algumas premissas”, entre elas o apoio à recondução do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) à presidência do Senado.
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