Durante o julgamento da processo de cassação da chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o presidente da Corte, ministro Gilmar Mendes, e o relator da ação, Herman Benjamin, tiveram um momento de divergência em relação ao papel da Justiça Eleitoral.
A polêmica começou quando Mendes afirmou que que visitantes estrangeiros, quando apresentados ao número de cassações no Brasil, comentam que “há mais cassações que na ditadura”. Herman rebateu, dizendo que não é possível comparar a situação atual com a de ditaduras.
— As ditaduras cassavam e cassam quem defende a democracia, o TSE cassa aqueles que vão contra a democracia. Acho que há uma enorme diferença — ressaltou o relator. as informações são de O Globo.
Em resposta, Mendes disse que é preciso ser “moderado nos pressupostos de cassação”.
— Até porque está é uma intervenção indevida no processo democrático eleitoral e nós temos que ser cuidadosos nisso — afirmou.
Benjamin, por outro lado, destacou que esse cuidado também é necessário para corrigir irregularidades:
— Nós temos que ser cuidadosos em tudo que diz respeito à soberania do voto popular, tanto para resguardá-lo, quanto para impugná-lo quando ele está eivado de irregularidades — disse o relator.