Só 4 em cada 10 brasileiros comem frutas todos os dias

Frutas

O Brasil é o terceiro maior produtor de frutas do mundo, mas apenas 40% dos brasileiros comem frutas diariamente. Os que mais consomem estão concentrados na região Sudeste, têm maior escolaridade e pertencem às classes A e B.

Como o consumo diário recomendado pela Organização Mundial de Saúde são 400 g ou cinco porções por dia, a conclusão é que o país está muito longe de uma dieta equilibrada.

Os dados fazem parte de uma pesquisa Datafolha com 2.089 entrevistas em 148 municípios em julho de 2017. A amostra representa a população brasileira com 16 anos ou mais, de todas as classes socioeconômicas. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi encomendada pela Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas).

Menos que a Europa. A Abrafrutas queria desvendar o comportamento do consumidor em relação a esses alimentos, conta Adriana Brondani, diretora científica do programa Hortifruti Saber & Saúde e coordenadora da pesquisa.

Já se sabia que o país consumia menos da metade da Europa: segundo o Instituto Brasileiro de Frutas (Ibraf), o consumo per capita no Brasil é de 57 kg/ano, enquanto o da Espanha é de 120 kg/ano, o da França, 114,8kg/ano, o da Itália, 114 kg/ano, e o da Alemanha, 112 kg/ano.

De acordo com dados da FreshFel, associação europeia de produtos frescos, a média europeia é de 129 kg de frutas e hortaliças por ano. A recomendação da OMS é de 146 kg ao ano.

A pesquisa Datafolha mostra que os homens consomem menos frutas que as mulheres: 35%, contra 42%. Com as verduras se passa o mesmo -42% e 48%- e também com os legumes: 38% e 44%.

Em relação à escolaridade, a ingestão diária de frutas e hortaliças é menos frequente entre os que têm ensino fundamental e médio – 37% e 35%, respectivamente – e cresce entre aqueles com ensino superior – 50%.

Um dado preocupante é que, entre os mais jovens, a aparência e a facilidade de consumir influencia na hora da compra. Entre os mais velhos, o zelo com a saúde é determinante, diz Brondani.

Escolha

O gosto vem em primeiro lugar: 31% consideram a preferência por determinada fruta, legume ou verdura.

Em seguida, vem a sazonalidade, mencionada por 17% das pessoas.

Empatados em terceiro lugar, com 14% cada, estão a aparência e o preço.

O modo de produção dos alimentos – cultura convencional ou orgânica, por exemplo – influencia na decisão de apenas 4% dos consumidores.

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