Servidores denunciam sobrecarga de trabalho, pressão psicológica e assédio moral no Hospital Municipal de Natal

Servidores da saúde que trabalham no Hospital Municipal de Natal denunciaram nesta segunda-feira (10) uma forte sobrecarga de trabalho provocada pelo afastamento de colegas acometidos por gripe.

Segundo relatos obtidos pelo sindicato da categoria (Sindsaúde), funcionários estão sendo obrigados a dobrar o serviço e, caso se neguem, seus nomes são colocados no livro de ocorrência ou recebem ameaças de não renovação de contrato.

De acordo com o Sindsaúde, trabalhadores contaram ainda que, na UTI, estão ficando 4 técnicos de enfermagem para atender até 12 pacientes.

“Somos obrigados a ficar fazendo mudança de decúbito (virar paciente) a cada duas horas quando temos outras coisas mais importantes para fazer”, desabafa uma servidora.

Para o Sindsaúde, o relato dos servidores expõe a “pressão psicológica” que os técnicos do hospital vêm sofrendo pelos superiores. “A sobrecarga é ainda maior quando a unidade recebe os pacientes do Hospital de Campanha, porém, os técnicos de lá, que deveriam dar suporte, não são convocados para ajudar no Hospital Municipal”, enfatiza o sindicato.

“Estamos vivendo uma guerra sem fim na UTI. Como podemos oferecer uma assistência de qualidade desse jeito?”, finaliza a servidora.

O sindicato revela, também, que o Hospital Municipal sofre com “RH insuficiente, falta de medicação, pressão psicológica e assédio moral”.

“Exigimos mais uma vez um posicionamento da Prefeitura de Natal e Secretaria Municipal de Saúde com relação aos ocorridos bem como a convocação urgente dos aprovados no cadastro reserva do último concurso da saúde. Os trabalhadores não aguentam mais tanto descaso e exigem respeito”, finaliza o sindicato.

Portal 98FM Natal

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