Sem acordo, Maia e Eunício vão se reunir para discutir novo Fundão

A duas semanas de vencer o prazo para aprovação de regras para a eleição de 2018, continua o impasse sobre o modelo de financiamento eleitoral entre os 35 partidos na Câmara e Senado. Uma nova reunião nesta segunda-feira à noite tentará um último acordo sobre as propostas existentes de criação do fundão nos relatórios do deputado Vicente Cândido (PT-SP) e do senador Armando Monteiro (PTB-PE). Participarão do encontro os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), líderes e relatores da reforma política nas duas Casas.

Há discordância sobre o uso de 50% dos recursos de emendas impositivas de bancada ao Orçamento Geral da União, e também sobre o sistema de distribuição do bolo de R$ 3,6 bilhões entre os partidos, que no substitutivo do Senado, patrocinado pelo líder do governo Romero Jucá (PMDB-RR), beneficia muito o PMDB como maior partido no Congresso Nacional.

Em busca de um acordo, Armando Monteiro vai mudar novamente seu parecer para atender a exigências de Vicente Cândido, relator da reforma na Câmara. As mudanças estão sendo discutidas nesta tarde e serão levadas para a reunião à noite.  As informações são de MARIA LIMA, O Globo.

Todo o substitutivo redigido por Jucá e Armando Monteiro será desidratado para tratar apenas do fundo eleitoral, caindo itens polêmicos que não tem apoio da maioria dos partidos e gerou reação da sociedade. Saem do texto, por exemplo, a possibilidade de os partidos realizarem bingos para arrecadar dinheiro para as campanhas, mudança no prazo de filiação partidária ou regras de campanha na internet.

Em relação ao uso de recursos de emendas de bancada para compor o Fundo, cai o percentual de 50% dos R$ 6,1 bilhões previstos para o orçamento de 2017, para 30% desse valor. Isso daria R$ 1,8 bilhão.

— Eu e Armando desidratamos tudo. Fica só o Fundo. Colocar essas outras coisas foi loucura — disse Eunício Oliveira.

Uma das maiores resistências é o uso para financiar campanhas eleitorais de cerca de R$ 3 bilhões de emendas que são utilizadas em projetos de infraestrutura de saúde, educação, transporte e outras áreas sociais.

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