Mais da metade da bancada do PT ficou ausente da primeira votação nominal da Câmara, durante discussão do projeto de socorro a estados endividados, e levará falta na sessão. As bancadas do PT na Câmara e no Senado foram em caravana para Curitiba, para dar apoio ao ex-presidente Lula durante seu depoimento ao juiz Sérgio Moro.
De total de 59 petistas da bancada, apenas 25 registraram presença na votação: alguns votaram contra o governo e outros registraram apenas que estavam em obstrução. O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), avisou que a sessão terá efeito administrativo, ou seja, quem faltar será descontado.
— A sessão tem efeito administrativo — anunciou Rodrigo Maia. As informações são de O Globo.
Dos 25 deputados do PT, sete votaram contra o texto do governo para o projeto da dívida dos estados e 18 declararam estar em obstrução, que é uma forma de tentar derrubar o quorum da sessão.
Entre os presentes, coube ao deputado Pepe Vargas (PT-RS) falar em nome do partido. O líder do partido na Câmara, deputado Carlos Zarattini (SP), está em Curitiba. No Senado, o cenário é o mesmo. A líder do PT no Senado, Gleisi Hofmann (PR), aparece nas fotos ao lado de Lula, em Curitiba.
O procurador parlamentar da Câmara, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), disse que não considera “imoral ou ilegal” caso os deputados do PT tenham viajado com passagens pagas pela verba parlamentar. Marun disse que seus colegas estão em atividade parlamentar.
O próprio Marun viajou ao Rio para visitar o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está preso no processo da Lava-Jato, mas devolveu o dinheiro.
— Os parlamentares estão em atividade política. Não vejo nada de ilegal ou imoral. Não vejo necessidade de devolver. Eu devolvi, mas não sou hipócrita — disse Marun.