Um dia depois de se tornar o primeiro chefe de Estado estrangeiro a visitar o Muro das Lamentações ao lado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, Jair Bolsonaro fez uma visita que sempre integra as agendas de líderes internacionais em viagens oficial a Israel.
O presidente brasileiro foi ao Centro de Memória do Holocausto, Yad Vashem, museu público construído em homenagem a vítimas e opositores do massacre de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
— Tendo o coração sido tocado ao voltar à Terra Santa, deixo apenas duas mensagens. Como cristão, que está na Bíblia, João 8:32, conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. E a outra é uma frase minha que creio que cabe neste local, onde fazemos um exame de consciência. Aquele que esquece o seu passado está condenado a não ter futuro. Eu amo Israel — disse Bolsonaro aos jornalistas.
A citação de versículo bíblico é uma constante nos pronunciamentos de Bolsonaro, e foi incluída em seu discurso de posse na Presidência. O Globo
O chanceler Ernesto Araújo também o mencionou ao tomar posse no Itamaraty. Já a frase que o presidente atribuiu a sua autoria — e que é a mesma que ele escreveu no livro de hóspedes da casa de Netanyahu — aparece com variações na escrita de vários autores, entre eles o filósofo espanhol George Santayana (1863-1952), para quem “aqueles que não podem lembrar do passado estão condenados a repeti-lo”.
No Hall da Memória do Yad Vashem, Bolsonaro participou da tradicional cerimônia de oferenda floral, seguida do acionamento da chama eterna. O detalhe diferente ficou por conta da continência que bateu depois de acender o fogo.
Antes da cerimônia, o presidente visitou a exposição de fotografias “Flashes de Memória — Fotografia durante o Holocausto”, que reúne documentos de arquivo e pesquisa, além dos registros visuais que, segundo o site do Centro de Memória, ajudam “na formação da consciência histórica do Holocausto”.