Quatro militares venezuelanos desertam na fronteira, informa a Colômbia

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Manifestantes entram em confronto com militares na fronteira com a Colômbia, em Ureña Foto: ANDRES MARTINEZ CASARES / REUTERS

Quatro militares da Guarda Nacional Bolivariana desertaram e passaram para a Colômbia na ponte Simón Bolívar, que liga o estado de Táchira, na Venezuela, ao departamento (estado) colombiano de Norte de Santander.

Os desertores usaram um blindado de pequeno porte para romper contêineres que haviam sido instalados na ponte para bloquear a passagem de veículos. A deserção foi anunciada por comunicados da Migração da Colômbia, que não informou a patente dos militares.

Pouco antes da deserção, as tropas do governo de Nicolás Maduro lançaram gás lacrimogêneo para dispersar cerca de 200 pessoas que tentavam cruzar uma outra ponte, a Francisco de Paula Santander, na cidade venezuelana de Ureña, aos gritos de “queremos trabalhar”.

Posteriormente, houve choque entre militares e manifestantes civis, que lançaram pedras e garrafas contra os soldados e montaram barricadas com pneus queimados. Dois ônibus foram incendiados. A ponte liga Ureña à cidade colombiana de Cúcuta.

Foi o primeiro registro de confronto neste sábado, dia em que o líder opositor Juan Guaidó promete fazer entrar na Venezuela suprimentos de alimentos e produtos médicos doados pelos Estados Unidos e armazenados em Cúcuta. Guaidó está em Cúcuta desde sexta-feira.

#23Feb Momento en el que tres militares venezolanos desertan y cruzan al lado colombiano. pic.twitter.com/A75cYGcGcj

“Venezuela: não são desertores aqueles guardas e efetivos das Forças Armadas que decidam se somar à nossa luta. Decidiram se pôr ao lado do povo e da Constituição! Bem vindos! A chegada da liberdade e da democracia à Venezuela já não pode ser detida”, disse Guaidó em sua conta no Twitter.

No final da noite de sexta-feira, o governo venezuelano anunciou o fechamento total da fronteira com a Colômbia, bloqueando as quatro pontes que ligam os dois países no estado de Táchira. De acordo com Maduro, a operação de entrega de ajuda é uma fachada para uma intervenção externa no país.

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