Presidente da Vale diz que empresa não pode ser condenada por um acidente

O presidente da Vale, Fábio Schvartsman, admite falhas em sistema da empresa. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil - 31/1/2019

O presidente da Vale, Fábio Schvartsman, disse nesta quinta-feira, 14, que a companhia de mineração é uma “joia brasileira” que não pode ser condenada pelo que aconteceu em Brumadinho (MG) – o rompimento da barragem do Córrego do Feijão deixou 166 mortos e 155 desaparecidos.

O executivo reconheceu que o sistema de monitoramento de barragens da companhia tem falhas e disse que todo o processo será revisado com base nas melhores normas internacionais.

“A Vale é uma das melhores empresas que eu conheci da minha vida. É uma joia brasileira, que não pode ser condenada por um acidente que aconteceu em sua barragem, por maior que tenha sido a tragédia”, disse, ao participar de audiência pública na Câmara dos Deputados. “A Vale humildemente reconhece que, seja lá o que vinha fazendo, não funcionou, pois uma barragem caiu.”

O Código de Mineração brasileiro é de 1967 e a proposta enviada pelo governo Michel Temer em 2017, por meio de medida provisória, perdeu validade no ano passado, pois a Câmara dos Deputados não votou o projeto. Pelo Código de Mineração, a multa máxima que pode ser aplicada a uma mineradora por violar a legislação é de R$ 3.421,06. Anne Warth, O Estado de S.Paulo

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