Após denúncias de assédio sexual, Pedro Guimarães pediu há pouco demissão do cargo de presidente da Caixa. O executivo era o único comandante de estatal que estava no cargo desde o início do governo atual.

Ele será substituído por Daniella Marques Consentino, braço direito do ministro Paulo Guedes e hoje secretária de Produtividade e Competitividade.

Funcionárias da Caixa denunciaram o executivo após ele ter feito várias abordagens consideradas impróprias, com toques íntimos não autorizados e convites incompatíveis com a atividade profissional. O caso, revelado pelo site Metrópoles, está sendo investigado pelo Ministério Público Federal e corre sob sigilo.

Em sua carta de demissão, o presidente da Caixa disse que sempre se “empenhou” em combater toda a forma de assédio. Ele entregou o pedido em reunião ocorrida hoje com Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto.

“Na atuação como presidente da Caixa, sempre me empenhei no combate a toda forma de assédio, repelindo toda e qualquer forma de violência, em quaisquer de suas possíveis configurações. A ascensão profissional sempre decorre, em minha forma de ver, da capacidade e do merecimento, e nunca como qualquer possibilidade de troca de favores ou de pagamento por qualquer vantagem que possa ser oferecida”, disse Guimarães.

Segundo as denúncias de cinco funcionárias da Caixa, as supostas investidas de Pedro Guimarães ocorreram durante viagens a trabalho.

“É comum ele pegar na cintura, pegar no pescoço. Já aconteceu comigo e com várias colegas. Ele trata as mulheres que estão perto como se fossem dele”, disse uma das funcionárias da Caixa ao site.

Fonte: O Antagonista