Por Previdência, governo Temer pode rever punições a infiéis

Na corrida contra o tempo para aprovar a reforma da Previdência e ainda sem os votos necessários, o governo foi aconselhado a rever as punições a deputados durante a votação das denúncias contra o presidente Michel Temer, encaminhadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Apadrinhados por deputados que votaram a favor do prosseguimento da denúncia foram exonerados de cargos públicos, principalmente nos estados. A ideia seria recolocar essas indicações políticas — o que poderia render cerca de 30 votos a favor da reforma, nas contas de interlocutor do Planalto.

Outra medida para ajudar na aprovação da proposta seria exonerar todos os deputados que estão licenciados para exercer funções fora do Congresso. Depois da votação, eles seriam renomeados, uma prática já recorrente com ministros. O governo avalia ter cerca de 280 votos hoje a favor da reforma da Previdência. O mapa mais realista será apresentado ao presidente na tarde desta quinta-feira, pelo líder do governo na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PB-PP).

O Planalto aguarda os números para decidir a data da votação da reforma e a tendência é que ela fique para a última semana dos trabalhos no Legislativo (entre os dias 18 e 22) e seja votada junto com o orçamento de 2018. As informações são de O Globo.

— A ideia é aproveitar o quórum e amarrar a reforma da Previdência com a proposta do orçamento – disse um auxiliar do presidente, acrescentando que seria feito acordo para quebra de interstício a fim de que Previdência seja votada nos dois turnos na Câmara dos Deputados.

A ideia de rever as punições aos parlamentares infiéis foi apresentada ao presidente em jantar na noite de quarta para discutir a reforma da Previdência pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Maia alertou que um grupo de 180 deputados têm votado sistematicamente contra o governo e que seria preciso reduzir esse número para dar mais conforto na votação da reforma. Auxiliares do presidente lembrar também que a medida poderá ampliar a base de apoio, que encolheu depois da votação das denúncias.

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