Policial militar é preso suspeito de envolvimento no caso Gabriel

Gabriel tinha 18 anos e morava no Guarapes — Foto: Cedida pela família

Gabriel tinha 18 anos e morava no Guarapes — Foto: Cedida pela família

Um policial militar foi preso nesta quarta (19) suspeito de envolvimento na morte do jovem Giovanne Gabriel de Souza Gomes, de 18 anos. Gabriel foi visto pela última vez no dia 5 de junho quando saiu para visitar a namorada. O corpo dele foi encontrado 9 dias depois, em avançado estado de decomposição, em São José de Mipibu.

Em coletiva de imprensa nesta quarta (19), a Polícia Civil informou que o jovem foi morto porque teria sido confundido com um assaltante. No dia do desaparecimento do jovem houve o roubo de um carro que foi encontrado posteriormente nas imediações de Emaús. De acordo com a Polícia Civil, Gabriel foi abordado por policiais militares como suspeito de ser o ladrão do veículo.

“A lógica indica que ele foi colocado na viatura e levado o para o local onde o corpo foi encontrado”, disse o delegado Claudio Henrique. A viatura foi apreendida para perícia.

O PM preso é do 8º Batalhão, responsável pelo patrulhamento da região Agreste.

A Polícia Civil não passou nenhuma informação sobre os outros policiais militares que estavam na viatura que abordou o jovem porque seguem “em diligências sigilosas”.

Relembre o caso

Gabriel deixou a casa onde vivia com a mãe, a irmã e o padrasto, no bairro Guarapes, na manhã do dia 5 de junho para ir de bicicleta à casa da namorada em Parnamirim, na Grande Natal. Ele fazia o trajeto em cerca de uma hora, mas sumiu antes de chegar ao destino. A namorada de Gabriel ligou preocupada para a mãe dele. Desde então o jovem não foi mais visto.

Familiares e amigos iniciaram a busca por Gabriel e chegaram a encontrar suas sandálias e a bicicleta em uma área de vegetação em Parnamirim. O corpo foi encontrado no dia 14 de junho com perfurações no crânio, provavelmente provocadas por arma de fogo, e com braceletes de plástico presos nos pulsos, de acordo com a perícia inicial do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep).

Um dia depois, amigos e familiares saíram em caminhada segurando cartazes e faixas com as mensagens “Quem matou Gabriel?”, “Queremos justiça”, “Vidas negras importam” e “Todos por Gabriel”.

Gabriel era estudante e sonhava em ser militar. Ele também fazia um curso de informática na Cidade Alta em Natal e trabalhava fazendo bicos de manutenção, pintura, limpeza e encanação com o padrasto em Parnamirim, na Grande Natal.

 

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