PF abre inquérito para investigar Skaf, Steinbruch e Palocci

A Polícia Federal abriu inquérito para investigar o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, candidato ao Governo de São Paulo em 2014 pelo PMDB. Também estão na mira da Operação Lava Jato, no Estado, o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil/Governos Lula e Dilma) e o empresário Benjamin Steinbruch, ex-presidente, à época, da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).

O inquérito foi aberto no dia 19 de outubro. A PF investiga supostos crimes de corrupção passiva e ativa.

A apuração corre sob o comando dos delegados Milton Fornazari Jr e Rodrigo de Campos Costa. No dia 20 de outubro, Fornazari requereu à 13.ª Vara Federal, de Curitiba, sob tutela do juiz federal Sérgio Moro a remessa, para a PF, em São Paulo, de documentos ligados à delação da Odebrecht.

Skaf, Palocci e Steinbruch foram citados em delação de executivos da Odebrecht, homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As informações são de O Estado de São Paulo.

O empreiteiro Marcelo Odebrecht declarou que, a pedido de Steinbruch, repassou R$ 14 milhões a Palocci e R$ 2,5 milhões a Skaf.

A transferência estava ligada, segundo o executivo, a um ‘compromisso’ assumido por Steinbruch com o PT e com o presidente da Fiesp – por causa de sua campanha ao Governo de São Paulo.

Skaf foi o candidato do PMDB na eleição ao governo de São Paulo contra o tucano Gerald Alckmin. O peemedebista teve 21,5% dos votos e Alckmin foi reeleito no primeiro turno.

Os valores foram repassados, segundo a delação, por meio do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, o departamento de propinas da empreiteira. As quantias não foram registradas junto ao Tribunal Superior Eleitoral.

Este trecho da delação da Odebrecht foi remetido à Justiça Federal, em São Paulo, porque os fatos supostamente ocorreram na capital paulista. A remoção foi ordenada pelo ministro Edson Fachin, do Supremo, em 20 de junho.

Na ocasião, à Corte máxima, Skaf alegou que o caso deveria ser remetido à Justiça Eleitoral paulista, pois envolveriam ‘tão somente contribuições eleitorais’. Steinbruch argumentou que os fatos não teriam relação com a Petrobrás, devendo ser remetidos à Justiça Eleitoral de São Paulo ou à Justiça Federal do Estado.

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