Pesquisa revela que comer placenta traz riscos para a mãe e o bebê

No ano passado, Bela Gil gerou polêmica ao revelar que havia comido a própria placenta após o nascimento do filho Nino, em maio de 2016. A justificativa era de que ingestão do órgão traria benefícios para o pós-parto. No entanto, uma pesquisa publicada no periódico “American Journal of Obstetrics & Gynecology” revela que a prática não traz nada de bom e inclusive pode trazer riscos para a mãe e o bebê.

Para chegar a essa conclusão, os cientistas revisaram as pesquisas existentes sobre as consequências de ingerir a própria placenta. Segundo os pesquisadores, a prática pode representar um risco por expor a mãe e o bebê, que está sendo amamentado, a possíveis infecções virais e bacterianas.

Os pesquisadores alertaram ainda para o fato de que a mãe pode ingerir toxinas e hormônios acumulados na placenta. Os riscos existem mesmo quando a placenta é transformada em pó e encapsulada, prática que vem se popularizando sobretudo nos Estados Unidos. No país, encapsular uma placenta custa entre US$ 200 e US$400. As informações são de O Globo.

– Não coma a placenta do bebê do seu bebê. Não há benefícios e há riscos potenciais- advertiu Amos Grünebaum, pesquisador do Weill Cornell Medical College, em Nova York.

Segundo o médico, há riscos independente do tipo de preparo da placenta, mas o perigo é maior quanto mais cru o órgão estiver. Em junho, um relatório do Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos ressaltou os riscos de ingerir placenta sem aquecê-la suficientemente a ponto de matar bactérias presentes. Na ocasião, o órgão trouxe o caso de um bebê que desenvolveu uma infecção bacteriana a partir da contaminação da placenta ingerida pela mãe.

– As pessoas que dizem às mulheres que deveriam comer placentas ganham muito dinheiro com isso. É a mesma ideia das pessoas que vendem óleo de cobra- critica Grünebaum.

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