Papa pede que religiões rejeitem violência cometida em nome de Deus

Francisco participa de conferência na Universidade de Al-Azhar – referência em teologia islâmica sunita – e pede respeito aos direitos humanos

O papa Francisco pediu nesta sexta-feira, 28, em discurso feito a líderes muçulmanos reunidos no Cairo que rejeitem toda violência cometida em nome de Deus. O pontífice, que com a viagem tenta estreitar relações entre o Catolicismo e o Islã,e alertou contra a instrumentalização da religião por parte do poder.

“Vamos repetir um ‘não’ forte e claro a qualquer forma de violência, vingança e ódio cometidos em nome da religião ou em nome de Deus”, disse Francisco na Conferência Internacional de Paz, que termina hoje na capital egípcia.

O papa também advertiu nesse fórum organizado pela Universidade de al-Azhar, instituição de referência para os muçulmanos sunitas, que os responsáveis religiosos precisam desmascarar a violência que se disfarça de suposta sacralidade. “A violência, de fato, é a negação de toda religiosidade autêntica.” As informações são de O Estado de São Paulo.

Francisco defendeu que os religiosos muçulmanos denunciem violações contra a dignidade humana e contra os direitos humanos. O papa também disse que tentativas de justificar qualquer forma de ódio em nome da religião deve ser condenada.

“Só a paz é santa e não é possível cometer nenhuma violência em nome de Deus porque profanaria seu nome”, acrescentou o papa, na presença do imã Universidade de al-Azhar, Ahmad Al Tayeb.

Passados 20 dias dos ataques contra a comunidade cristã copta no norte do Egito, que causaram 46 mortes e que foram reivindicados pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI), o papa repetiu seu apelo contra o comércio de armas. Disse que para prevenir os conflitos e construir a paz é preciso eliminar as situações de pobreza e exploração. / EFE

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