Odebrecht faz acordo e pagará US$ 200 milhões ao Peru

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As autoridades do Peru e a Odebrecht assinaram neste sábado, 8, um acordo de colaboração que permitirá que a construtora ofereça informações nas investigações de casos de corrupção realizadas pelo Ministério Público peruano, informaram meios de comunicação locais.

O site do jornal El Comercio afirmou que o acordo foi assinado por funcionários do Ministério Público e da Promotoria do Peru com representantes da construtora brasileira. Entre seus compromissos está a entrega de informação da empresa sobre o pagamento de subornos a funcionários peruanos.

O jornal detalhou que o procurador Jorge Ramírez foi o último a assinar o acordo, que já tinha sido aceito pelo promotor Rafael Vela, coordenador da Equipe Especial do Caso Lava Jato, e por Mauricio Cruz, representante da Odebrecht no Peru.

O acordo permitirá a entrega de documentos dos servidores My Web Day e Drousys, empregados pelo Departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht, que se encarregou da coordenação do pagamento de subornos a funcionários e repasses a campanhas políticas.

Por sua parte, o jornal La República afirmou que a reunião entre os representantes das partes negociadoras terminou durante a madrugada deste sábado.

Além disso, indicou que, a partir deste acordo, nas próximas semanas o promotor Pérez viajará ao Brasil para ampliar o interrogatório com o ex-representante da Odebrecht, Jorge Barata, sobre as investigações de lavagem de dinheiro contra o ex-presidente Alan García e a líder opositora Keiko Fujimori.

Já o jornal econômico Gestión acrescentou que o documento do acordo de colaboração tem mais de 150 páginas e nele a empresa admite o pagamento de subornos para adjudicar sete contratos de cinco obras.

A publicação especializada destacou também que outro ponto chave do acordo foi o montante da reparação civil que a Odebrecht se compromete a pagar ao Estado peruano, cujo valor ainda se desconhece.

Por causa do escândalo de subornos da Odebrecht no Peru, a promotoria de lavagem de dinheiro investiga atualmente os ex-presidentes Alejandro Toledo (2001-2006), Alan García (1985-1990, 2006-2011), Ollanta Humala (2011-2016) e Pedro Pablo Kuczynski (2016-2018), além da ex-candidata presidencial e líder opositora Keiko Fujimori, que está presa preventivamente.

(Com EFE)

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