‘O PMDB perdeu o fio da meada’, diz Kátia Abreu

A senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) em sua residência, em Brasília

A senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) diz não ter pressa para definir o seu futuro. Alvo de um processo de expulsão do partido, ela pretende esperar novos fatos na Justiça antes de decidir se deixa a legenda para a qual migrou em 2013. “Por que eu vou me apressar? Esse governo passa, daqui a pouco ele vai, e o PMDB fica”, disse em entrevista ao Estadão. Os ‘novos fatos’, exemplifica, são delações e denúncias que envolvam a atual cúpula do partido e do governo.

Em seu gabinete, no qual ainda ostenta na parede um retrato da presidente cassada Dilma Rousseff, ela contou que até tentou ajudar o presidente Michel Temer no início do governo, mas que após a delação da JBS, que implica diretamente o correligionário, desistiu. “Tentei ajudar inúmeras vezes na relação com o Renan (Calheiros, ex-líder do PMDB no Senado e crítico a Temer), a discutir as reformas no Congresso, mas depois da delação da JBS as coisas se complicaram muito.”

A senadora não esconde a intenção de se candidatar ao governo de Tocantins em 2018 e afirmou que levará em conta o cenário eleitoral antes de decidir a sua futura legenda caso o casamento com o PMDB chegue ao fim. No Estado, também é opositora ao governo, comandado pelo peemedebista Marcelo Miranda. Um desfecho para o caso pode estar próximo. Na quarta-feira passada, a Comissão de Ética do PMDB encaminhou à Executiva um pedido para suspender a parlamentar das atividades partidárias. As informações são de Thiago Faria, O Estado de S.Paulo.

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