‘O mundo caiu’, disse secretário sobre tramitação da reforma da Previdência

Rogério Marinho, secretário especial de Previdência e Trabalho Foto: Adriana Lorete / Agência O Globo

Rogério Marinho, secretário especial de Previdência e Trabalho, afirmou na manhã deste sábado, no Guarujá (litoral paulista), que o “mundo caiu” na sexta-feira na tramitação da reforma da previdência. Referindo-se à revolta do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), contra o governo, quando chegou a dizer que o presidente Jair Bolsonaro precisa ter convicção sobre a necessidade da reforma.

— Vim em um dia muito feliz (disse em tom irônico), pois ontem (sexta-feira) o mundo caiu e todo o processo que estávamos trabalhando deu uma degringolada, e estamos em processo de recomeçar a relação dentro do Congresso — disse Marinho em palestra no 7º Fórum Lide do Varejo.

Ele, contudo, tentou mostrar otimismo. Afirmou que tem certeza que a relação do governo com o Congresso voltará à normalidade, pois, “a reforma não é uma pauta deste governo, mas do país”.

Pela primeira vez o evento do varejo foi bastante marcado por uma pauta governamental. O debate sobre a reforma da previdência foi a tônica do começo do evento. A prisão do ex-presidente Michel Temer – que pode criar dificuldades para a obtenção de votos para a reforma -, a proposta da previdência dos militares, muito mais amena que a dos civis, e a briga pública entre o presidente da Câmara e Bolsonaro criaram um clima pesado no encontro.

— Precisamos retomar o otimismo — disse Luiz Fernando Furlan, presidente do Lide. — Sabe o que o governo poderia fazer para retomar o otimismo? O presidente e seus filhos poderiam ficar uma semana sem falar e sem usar redes sociais — afirmou o ex-ministro do Desenvolvimento, referindo-se às polêmicas da “família presidencial”, que criam embaraços políticos e impõe riscos à aprovação da reforma da previdência.

Depois de sua palestra, o secretário mostrou-se mais otimista. Em conversa com jornalistas, ele minimizou o problema: Henrique Gomes Batista – O Globo

— Ontem houve um episódio que foi amplamente explorado por vocês da imprensa e pela sociedade como um todo que foi a prisão do ex-presidente Michel Temer. As reações que ocorreram antes e depois da prisão do Temer geraram um distúrbio e um incômodo muito grande dentro do Parlamento brasileiro e este incômodo está sendo debelado, essa dificuldade está sendo transposta, basta ver as declarações do presidente da Câmara hoje pela manhã e também os sinais que foram feito por membros do governo ontem à noite — disse Marinho.

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