‘Não leva o meu apoio, não leva o meu voto nem o do AM’, diz Arthur Virgílio, do PSDB, sobre Alckmin

O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB-AM), um dos expoentes do tucanato, subiu no palanque de um aliado em sua cidade e pregou voto contra o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin. “Não leva o meu apoio, não leva o meu voto, não leva o dos amazonenses”. disse. A fala foi filmada por aliados, informa Daniela Lima.

Arthur se colocou como rival interno de Alckmin e lutou por uma indicação de candidato a presidente. Ele deixou a disputa das prévias alegando desigualdade de condições para disputar. Chegou a ser procurado por aliados de Alckmin para refazer as pontes com o tucano, mas parece ter decidido implodir qualquer chance de entendimento.

A fala de Virgílio acontece num momento crítico para Alckmin na disputa presidencial, em que o tucano patina nas pesquisas de intenção de votos sem conseguir fazer sombra a Jair Bolsonaro (PSL), que corre no campo da direita.

Virgílio chama sua fala de um desabafo. “Ele que faça o que bem entender, não sei como funciona essa coisa do jurídico… Só sei de uma coisa: não seria eu cúmplice de uma mentira que seria contada mais uma vez. Em 2006 ele veio aqui, eu me sacrifiquei por ele, Arthur Bisneto quase não se elege deputado estadual para que a gente pudesse fazer um palanque para ele aqui”, diz o prefeito, citando a última eleição em que Alckmin concorreu à Presidência.

“Pois muito bem: traiu. Entrou com um pedido no Supremo Tribunal Federal [contra a zona franca de Manaus] e tinha prometido que iria defendê-la quando por aqui passou e pediu o nosso voto. Então não leva o meu apoio, não leva o meu voto, não leva o dos amazonenses, não leva o dos companheiros”, disse Virgílio. “Não voto em quem trai a zona franca de Manaus”.

Alckmin foi ao Supremo contra incentivos fiscais concedidos na Zona Franca de Manaus. Folha de São Paulo

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