O ministro da Educação Ricardo Vélez afirmou ontem que os livros didáticos de História passarão por uma revisão para que as crianças “possam ter a ideia verídica, real, do que foi a sua história” e citou como exemplo o golpe de 1964, que classificou como constitucional, e a ditadura militar, que disse ter sido “um regime democrático de força”. A entrevista foi concedida ao jornal Valor.
— Foi a votação no Congresso, uma instância constitucional, quando há a ausência do presidente. Era a Constituição da época e foi seguida à risca. Houve uma mudança de tipo institucional, não foi um golpe contra a Constituição da época, não. — analisou o Vélez que também teceu comentários sobre a ditadura afirmando que foi uma composição em que o Executivo chamou a si mais funções.
O atual dirigente do MEC disse que cabe aos historiadores fazerem “a reconstituição desse passado para realmente termos consciência do que fomos, do que somos e do que seremos” e que, com esta revisão, os livros didáticos teriam “mudanças progressivas”
— O papel do MEC é garantir a regular distribuição do livro didático e preparar o livro didático de forma tal que as crianças possam ter a ideia verídica, real, do que foi a sua história — afirmou. O Globo