Lava-Jato chega aos amigos e assessores especiais de Temer

Brazil's President Michel Temer attends a cabinet meeting, in Brasilia, Brazil, Friday, May 26, 2017. Brazil's president has canceled an order that sent soldiers into the streets of the capital, following criticism that the move was excessive and merely an effort to maintain power amid increasing calls for his resignation. The troops had been deployed late Wednesday following a day of clashes between police and protesters demanding that Temer be ousted amid allegations against him of corruption. (AP Photo/Eraldo Peres) Foto: Eraldo Peres / AP

Delações e investigações da Polícia Federal levantam suspeitas sobre ‘sombras’ do presidente

Não bastasse ter o núcleo duro de seu governo atingido por denúncias, Michel Temer também viu, nos últimos seis meses, os aliados que viviam à sua sombra serem colocados sob suspeita. Delações e investigações da Polícia Federal atingiram de amigos de longa data a assessores do Palácio do Planalto, segundo informações de O Globo.

As acusações dos executivos da JBS, tornadas públicas no último dia 19, trouxeram para os holofotes até pessoas ligadas a Temer que estão longe da política. Próximo ao peemedebista desde os anos 1980, o policial militar aposentado João Batista Lima Filho, conhecido como coronel Lima, teria recebido, segundo depoimento de Ricardo Saud, da JBS, R$ 1 milhão do “dinheiro que Temer roubou para ele do valor pago pelo PT para comprar o apoio do PMDB a Dilma Rousseff na eleição presidencial de 2014”.

Lima faz parte do trio de amigos mais íntimos do presidente, ao lado de José Yunes – ex-assessor especial da Presidência que deixou o cargo em dezembro após um executivo da Odebrecht revelar que ele recebeu R$ 1 milhão em 2014 – e de Wagner Rossi — também citado na delação da JBS.

— São as pessoas que ele mais confia. São relações de décadas. Os três têm grande intimidade com o Michel — conta um peemedebista.

Outro integrante do núcleo paulista atingido pela delação da JBS foi o marqueteiro Elsinho Mouco, que trabalha com Temer há mais de 15 anos. Entre o grupo formado pelo presidente durante o seu período na Câmara e levado ao Planalto, foram acusados o deputado Rodrigo Rocha Loures e ex-assessores especiais Sandro Mabel e Tadeu Filipelli.

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