Janaína Paschoal é favor de pedido de impeachment de Temer pela OAB

Janaína Paschoal, jurista brasileira e coautora do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, escreveu em uma rede social, na manhã desta sexta-feira, votou sim para que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) peça o impeachment do presidente Michel Temer. No entanto, a jurista acrescentou dizendo que votou não à Emenda Constitucional para antecipar eleições. Além disso, Janaína Paschoal disse que não enxerga mais condições do senador Aécio Neves (PSDB-MG) continuar a exercer o cargo no Senado Federal.

“A OAB Federal convocou as Seccionais para deliberar acerca de duas questões. Não sei se vocês sabem, mas eu integro o Conselho da OAB/SP. Nosso Presidente, Marcos da Costa, democraticamente, para poder se posicionar junto à OAB Federal, fez aos Conselheiros uma consulta. Indagou o Presidente se apoiamos que a Ordem peça o impeachment de Temer; e a apresentação de Emenda Constitucional para chamar eleições. Ainda não houve deliberação, a consulta acabou de ser formulada, mas eu já me posicionei e quero dividir com vocês. Eu votei SIM para que a OAB peça o impeachment do Presidente Temer. E votei NÃO à Emenda Constitucional para antecipar eleições”, afirmou Janaína Paschoal.

A jurista disse ainda que está emocionada com os últimos acontecimentos e “praticamente não dormiu”.

“Não me conformo com o que estamos vendo”, acrescentou a coautora do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma.

Janaína Paschoal também se manifestou sobre o que pensa a respeito do envolvimento de Aécio Neves na delação de Joesley Batista. Para a jurista, Tancredo Neves deve estar decepcionado com o neto. “Como se mancha o nome de um verdadeiro herói nacional, um mito, por dinheiro?”, indagou a jurista no Twitter.

O empresário afirmou que Aécio pediu o pagamento de R$ 2 milhões para a JBS para pagar despesas de sua defesa na Lava-Jato.

“Quando pedi o impeachment da Presidente Dilma, eu disse que também pensava em seus netos. E eu estava falando a verdade! Naquele momento, pensei nos netos; neste, penso no avô. Não consigo parar de refletir sobre a decepção de Tancredo” afirmou.

Janaína contou que a morte de Tancredo Neves, às vésperas de assumir a presidência, em 1985, a emocionou muito e, diante do ocorrido, ela disse ter prometido ao presidente que “olharia pelo país”. “Confesso que acreditei que os netos dele também tinham esse sentimento”, acrescentou.

“O nome tem peso. O neto de Tancredo não poderia ser um político como outro qualquer. Em profunda tristeza, não por mim, mas por Tancredo Neves, entendo que seu neto não tem mais condições de compor o Senado Federal”, concluiu a jurista.

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