Igreja Presbiteriana critica ‘cadáveres da política’ e bancada evangélica

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Um “vale de ossos secos”, para usar uma expressão do profeta bíblico Ezequiel, “dominado por legiões de mortos-vivos, instalados nos centros de poder do país”.

Assim a cena política nacional é descrita no manifesto do Reforma Brasil, movimento lançado pela Primeira Igreja Presbiteriana Independente de São Paulo nesta terça-feira (31).

Não por coincidência, comemora-se no dia o jubileu de outra reforma: a Protestante, que há 500 anos rachou o mundo cristão, após o frade alemão Martinho Lutero criticar a Igreja Católica no documento conhecido como “95 teses”.

Se nos tempos de Lutero era a corrupção do papado na mira, agora é a de Brasília que precisa ser combatida, defendeu o advogado Modesto Carvalhosa, presente no evento. As informações são da Folha de São Paulo.

Carvalhosa, que afirmou estar “à disposição” para uma “candidatura independente” (não partidária) na eleição presidencial de 2018, disse à Folhalutar por uma “reforma política de verdade”, capaz de expurgar os corruptos do poder.

O manifesto do Reforma Brasil, lido em revezamento por membros da Igreja Presbiteriana, cita “cadáveres insepultos da política” que circulam “impunes, graças ao salvo-conduto do foro privilegiado, às malas de dinheiro e às relações corporativas nefastas com os tribunais”.

BANCADA EVANGÉLICA

Outro alvo do documento: a bancada evangélica da Câmara dos Deputados, que conta com 80 dos 513 deputados.

“Cabe ainda ressaltar nossa preocupação com o uso cada vez mais frequente de títulos religiosos por parte de candidatos que se pretendem representantes dos cristãos religiosos. Uma marca da Reforma Protestante é sua diversidade de organização e pensamento; logo, ninguém está autorizado a falar ou representar, na política partidária, os cristãos evangélicos”, diz o texto.

Pastor titular da Primeira Igreja Presbiteriana, Valdinei Ferreira afirmou à reportagem que a articulação para exigir o perdão de dívidas tributárias para igrejas, na medida provisória do Refis, é um dos “péssimos exemplos” de “clientelismo político” que a frente parlamentar evangélica reproduz.

Outras bandeiras do Reforma Brasil: fim das emendas legislativas, criação do voto distrital e extinção das “reeleições sem limites” para o Legislativo.

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