Hostilizado, Temer deixa às pressas local do incêndio em SP

O presidente Michel Temer errou em sua estratégia de comparecer ao local do incêndio para prestar apoio às vitimas da tragédia que atingiu dois prédios no Centro de São Paulo, na madrugada desta terça-feira, e precisou deixar o local às pressas, levado por seguranças. Um edifício de 24 andares desabou e até o momento ao menos quatro pessoas estão desaparecidas. Uma morte está confirmada.

Por volta das 10h, Temer desceu de um carro preto e cercado por repórteres disse que estava ali para prestar apoio às vítimas, quando passou a ser hostilizado pelos moradores que revoltados passaram a xingá-lo de “golpista” e arremessaram objetos contra a comitiva do presidente.

Temer confirmou que “lamentavelmente” o prédio pertence à União. Mais cedo, o prefeito Bruno Covas (PSDB) afirmou que estava em negociação para que a prefeitura assumisse o prédio.

O presidente foi logo levado por seguranças e deixou o local sem responder a algumas perguntas dos jornalistas.

O fogo começou num apartamento do 5º andar, por volta de 1h20m, e se espalhou rapidamente, atingindo um edifício vizinho. O segundo prédio foi evacuado e, de acordo com os bombeiros, não há risco de desabar. Cerca de 160 homens trabalharam intensamente no combate às chamas. Pelo menos três quarteirões foram isolados para o trabalho das equipes.

A Defesa Civil está no local fazendo o cadastramento de 150 famílias que moravam, de forma precária, no prédio que desabou. O edifício, de acordo com testemunhas, é uma antiga instalação da Polícia Federal, que estava desativada e fora ocupada por essas pessoas

A pessoa que morreu estava sendo resgatada por uma corda de aço, quando o prédio veio abaixo. Cerca de 90 famílias ocupavam o local na hora em que o incêndio teve início.

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