Grupo anticorrupção diz que BC esconde estudos sobre nota de 200 reais

Um grupo formado por nove organizações de combate à corrupção enviou uma carta à ministra Cármen Lúcia reforçando pedido feito por partidos para vetar a nota de 200 reais.

Elas contestam explicação enviada pelo Banco Central ao STF segundo a qual há risco de falta de numerário, o que afetaria o “funcionamento adequado da economia e do sistema financeiro”.

As entidades dizem que as alegações são “contraditórias e aparentemente oportunistas”.

“Seguem desconhecidos os estudos técnicos e/ou de impacto ou ao menos as fontes de dados primárias que embasaram a referida decisão”, diz a carta. Uma informação alarmante é que o BC impôs sigilo de um ano nos documentos que justificam a criação da nova cédula.

O principal argumento contra a nova cédula é a facilitação para crimes como ocultação e lavagem de dinheiro, e evasão de divisas. Como a Lava Jato e outras operações mostram à exaustão, o dinheiro vivo é a forma preferencial para pagamento de propina.

A decisão do BC foi tomada sem consulta a órgãos de controle, como Ministério da Justiça, Ministério Público, Controladoria-Geral da União e as próprias entidades que estudam a corrupção.

A carta é assinada pelo Instituto Não Aceito Corrupção, Transparência Partidária, Transparência Brasil, Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, Confederação Nacional das Carreiras e Atividades Típicas de Estado, Movimento do Ministério Público Democrático, Instituto Compliance Brasil, Associação Nacional dos Auditores de Controle Externo dos Tribunais de Contas do Brasil e Associação da Auditoria de Controle Externo do Tribunal de Contas da União.

O antagonista

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