Governador de Goiás se lança candidato à presidência do PSDB

A pressão de senadores e dos chamados cabeças pretas ligados ao presidente interino Tasso Jereissatti (CE) para que o senador Aécio Neves (MG) renuncie à presidência do PSDB já, sem esperar a convenção marcada para daqui a 40 dias, acabou deflagrando um movimento que culminou na quinta-feira com o lançamento da candidatura do governador de Goiás, Marconi Perillo, para comandar o partido na disputa de 2018. Marconi disse nesta sexta-feira que decidiu aceitar a candidatura, uma vez que Tasso tem dito que não disputará a eleição marcada para o 9 de dezembro.

Segundo Marconi, ele foi convidado para disputar a presidência do partido por governadores, parlamentares, dirigentes tucanos e setores empresariais da legenda. Diz que o PSDB venceu sempre em Goiás e que seus governos implementaram programas que serviram de modelo para os grandes programas sociais adotados pelo governo federal.

— Eu resolvi aceitar o convite, porque o Tasso tem dito, peremptoriamente, que não é candidato à reeleição para a presidência do partido. É uma pessoa que admiro muito. Quero me dedicar integralmente à unidade do PSDB com a consciência que o presidente do partido não tem que ser protagonista da eleição. O grande protagonista é o candidato — disse Marconi Perillo. As informações são de MARIA LIMA, O Globo.

Ontem em Goiânia, Marconi e o prefeito de São Paulo, João Doria, saíram em defesa da permanência de Aécio até a data da convenção, atendendo a um acerto anterior. Interlocutores de Marconi e Doria dizem que os dois consideram golpe caso Tasso e seu grupo estiverem pressionando a renúncia de Aécio antes do prazo para criar uma estrutura para se reeleger no cargo de forma definitiva.

Reclamam também que a pressão nesse momento é “absurda”, já que Aécio vem enfrentando denúncias há 10 meses: “votaram pelo seu retorno ao mandato e agora acham que ele não pode presidir o partido, licenciado”.

Dizem também que enxergam, no movimento de Tasso e dos senadores que votaram pelo retorno de Aécio, uma tentativa de se redimir perante a opinião pública .

Se for eleito, Marconi diz que irá conciliar a presidência do PSDB com o governo de Goiás durante quatro meses, de dezembro até abril, quando irá se desincompatibilizar para disputar uma vaga ao Senado.

Após o encontro de ontem, o prefeito João Doria disse que apoiou o nome de Marconi para suceder Aécio “desde o primeiro momento”.

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