Globo pagou propina por direitos de TV, diz testemunha do caso Fifa

Alejandro Burzaco foi chefe da Toneos y Competencias SA até a sua prisão em 2015

Executivo argentino de marketing esportivo disse que a emissora brasileira, a americana Fox e a mexicana Televisa participaram do esquema

Alejandro Burzaco, ex-homem forte da companhia de marketing argentina Torneos y Competencias SA, afirmou que a Rede Globo foi uma das seis empresas que teriam pago propina para ganhar a concorrência dos direitos de transmissão de torneios internacionais.

Burzaco prestou depoimento no julgamento do escândalo de corrupção da Fifa, em Nova York. Ele citou ainda que a brasileira Traffic, além de Televisa, do México, a americana Fox e a argentina Full Play também fizeram pagamentos irregulares para obter vantagens.

Burzaco é uma das testemunhas da acusação no julgamento do ex-presidente da CBF José Maria Marin, acusado de extorsão, fraude financeira e lavagem de dinheiro durante negociações de contratos com a Fifa.

Buzarco, que também é réu na investigação conduzida pela Justiça americana, fechou um acordo de delação premiada, e está em prisão domiciliar em Nova York desde que foi detido, há dois anos.

Em Nova York, defesa de Marin culpa Del Nero por subornos

A fase principal do julgamento de José Maria Marin começou nesta segunda-feira (13), em Nova York, nos Estados Unidos, e a defesa do cartola apontou que Marco Polo del Nero era quem mandava na CBF.

Perante à corte do Brooklyn, o advogado de Marin, Charles Stillman, diminuiu o papel do cartola brasileiro no escândalo de corrupção da Fifa, afirmando que era Del Nero, então vice-presidente, que representava o Brasil na entidade que rege o futebol no mundo.

Segundo a defesa, o atual presidente da CBF, que também está sendo indiciado pelas autoridades norte-americanas, era a “grande figura” do futebol brasileiro e Marin foi apenas um “substituto temporário”.

Além do cartola brasileiro, também serão julgados o peruano Manuel Burga e o paraguaio Juan Ángel Napout, todos envolvidos no escândalo que abalou a imagem da Fifa em 2015.

Desde novembro de 2015, Marin está cumprindo prisão domiciliar em um luxuoso prédio de Manhattan. O cartola é acusado de cobrar propinas em contratos de transmissão de TV e marketing na Copa do Brasil, Copa América e Libertadoresa.

 

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