Futuro secretário da Saúde quer que pacientes com sintomas leves busquem atendimento e cloroquina para prevenção

Carlos Wizard Martins fundador da rede de escolas Wizard Foto: Adriana LoreteSem formação medica, empresário Carlos Wizard foi escolhido para assumir a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde

Escolhido para assumir a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, o empresário Carlos Wizard defende que todas as pessoas com qualquer sintoma de Covid-19, mesmo leve, procurem atendimento médico. Ele diz que, além do próprio paciente, os familiares e demais contatos devem ser tratados com cloroquina e hidroxicloroquina como forma de prevenir o contágio, cabendo ao médico prescrever de acordo com o caso concreto.

O futuro secretário espera que sua nomeação saia até sexta-feira. Ele foi convidado por Eduardo Pazuello, que foi oficializado como ministro interino da pasta da Saúde ontem. Wizard trabalhou com Pazuello na Operação Acolhida, em Roraima, em uma ação social de apoio a venezuelanos na fronteira.

O empresário, que é dono de franquias e controla operações de grandes marcas no Brasil, rebateu estudos que apontaram ineficácia da cloroquina e hidroxicloroquina no tratamento da doença, afirmando que revistas científicas internacionais, citando a Lancet, avisaram que revisarão tais publicações. E diz que “estudos científicos internacionais comprovam a eficácia do uso precoce dessas substâncias”, sem mencionar a quais pesquisas se refere.

Pazuello já havia emitido orientações, no último dia 20, sobre utilização precoce da cloroquina e hidroxicloroquina, mas sem abranger o uso profilático como defendido por Wizard. Pazuello assinou a medida sob pressão do presidente Jair Bolsonaro, após o ex-ministro Nelson Teich, oncologista, pedir demissão por não concordar em endossar a medida.

Wizard critica o protocolo adotado ainda na época do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta à frente do Ministério da Saúde, de recomendar a ida ao hospital apenas quando a pessoa sentir sintomas fortes, como dificuldade para respirar, e afirma que essa diretriz mudou. Segundo ele, muitas pessoas perderam a vida porque chegavam em situação muito grave ao hospital por terem esperado dias ou semanas para procurar atendimento.

O Globo

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