Fachin separa investigações contra Temer e Aécio no STF

Investigações contra Aécio (à esq.) e Temer são separadas

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a separação do inquérito contra o presidente Michel Temer (PMDB) da investigação contra o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), segundo reportagem do site “Uol” publicada na tarde desta terça-feira (30).

A decisão, porém, mantém no mesmo inquérito contra o presidente a investigação contra o deputado federal afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), ex-assessor de Temer no Palácio do Planalto, que foi flagrado nas investigações recebendo uma mala com R$ 500 mil de um executivo da JBS.

A separação das investigações foi um pedido dos advogados de Temer a Fachin, relator do inquérito contra o presidente e também responsável pelos processos ligados à operação Lava Jato no STF. Temer passou a ser investigado no STF a partir do pedido de abertura de inquérito feito pela PGR (Procuradoria-Geral da República) com base na delação premiada de executivos da JBS.

Ainda segundo o UOL, o inquérito aberto também tinha como investigados Aécio Neves e Rocha Loures (PMDB-PR), ambos afastados do mandato. A investigação, autorizada por Fachin, apura suspeitas da prática dos crimes de corrupção, obstrução à Justiça e formação de organização criminosa.

A PGR disse ver indícios do recebimento de propina paga pela JBS e da tentativa de interferir em investigações.

A partir de gravação da conversa entre o empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, e Temer, a Procuradoria afirmou acreditar que o presidente deu aval para que o empresário comprasse o silêncio do ex-deputado e presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso e condenado no curso da Lava Jato.

Temer contesta essa interpretação da conversa, e já classificou a gravação como “fraudulenta”, “clandestina” e “manipulada”.

Aécio Neves tem negado a participação em irregularidades e disse estar “absolutamente tranquilo quanto à correção de todos os seus atos”.

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