Ex-tesoureiro do PP se entrega após ordem de prisão na Lava-Jato

O ex-tesoureiro do PP João Cláudio Genu se entregou à Polícia Federal (PF) em Brasília nesta segunda-feira para cumprir a pena de 9 anos e 4 meses de prisão por corrupção passiva e associação criminosa na Lava-Jato. Ele teve a condenação confirmada pelo Tribunal Federal Regional da 4ª Região (TRF-4) na quinta-feira.

O mandado de prisão foi expedido no dia seguinte pela juíza Gabriela Hardt, que está substituindo Sergio Moro na condução dos processos da operação em Curitiba, mas a defesa afirmou que levaria Genu à PF ao longo da tarde desta segunda-feira. A informação de que o ex-tesoureiro do PP se entregou foi confirmada pela TV Globo.

Neste processo, Genu foi considerado culpado por receber cerca de R$ 3 milhões de propinas do esquema de corrupção na Petrobras entre 2007 e 2012, além de intermediar o recebimento de vantagens indevidas ao ex-líder do PP José Janene e ao ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa. O Globo

Alvo de um mandado de prisão preventiva em 23 de maio de 2016, Genu ficou preso em Curitiba por 11 meses, sendo liberado em 27 de abril do ano seguinte.

Ele foi condenado por Moro a 8 anos e 8 meses de prisão em 2 de dezembro de 2016. O TRF-4 aumentou a pena em seis meses em 19 de outubro de 2017. Na última quinta-feira, foram julgados os embargos infringentes e não sobraram mais recursos à defesa na segunda instância da Lava-Jato.

No despacho que autoriza a expedição do mandado de prisão contra o ex-tesoureiro do PP, a juíza Gabriela afirma que a execução da pena após a confirmação da sentença em segunda instância é necessária: “Tratando-se de crimes de gravidade, inclusive corrupção e lavagem de dinheiro, com produto do crime não recuperado, a execução após a condenação em segundo grau impõe-se sob pena de dar causa a processos sem fim e a, na prática, impunidade de sérias condutas criminais.”

Genu foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a quatro anos de prisão por lavagem de dinheiro no julgamento do Mensalão em 2012 por lavagem de dinheiro. Dois anos depois, foi absolvido pela própria Corte.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.