Uma nova leva de conversas do ex-juiz Sergio Moro com a força-tarefa da “lava jato” mostra que o Ministério Público Federal enviou pelo celular uma prévia da denúncia que seria apresentada em juízo, caso Moro quisesse adiantar a sentença.
As conversas foram divulgadas pela revista Veja em parceria com o site The Intercept Brasil, que teve acesso às conversas enviadas por uma fonte anônima. Novamente, os diálogos reforçam a tese de que Moro atuou como juiz investigador e de que as conversas iam além da “normalidade das relações entre magistrados e partes”, como ele defendeu em audiência no Senado.
Em sua defesa, o ministro soltou uma nota questionando a origem e a veracidade das conversas. Ao mesmo tempo, justifica os diálogos com o Ministério Público Federal, afirmando que são necessários para o planejamento das operações. Por isso, explicou Moro, ele orientava e cobrava da força-tarefa as datas em que aconteceriam as operações.
O ex-juiz também rebate a acusação de que teria mentido ou ocultado fatos do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal. Nesse ponto, afirma que não há nada que prove a autenticidade das mensagens que dizem que ele já teria conhecimento de uma planilha apreendida e que continha nome de políticos, o que levaria o caso de Curitiba para o Supremo.
*Conjur