Deputados ressaltam produção rural, setor turístico e discriminação no RN

No horário destinado aos deputados, na sessão ordinária que aconteceu nesta terça-feira (18), na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, pronunciaram-se os deputados Vivaldo Costa (PSD), Ubaldo Fernandes (PL), Coronel Azevedo (PSC) e Eudiane Macedo (Republicanos). Vivaldo Costa falou sobre o pequeno produtor de leite da região Seridó; já Ubaldo Fernandes sobre festas religiosas, Coronel Azevedo, sobre os profissionais que trabalham com o segmento de eventos no Estado e Eudiane Macedo falou sobre combate à LGBTfobia.

Vivaldo Costa destacou a dificuldade do pequeno produtor de leite da região do Seridó. “A região do Seridó tem a maior bacia leiteira do RN. É praticamente a única maneira de sobreviver do sertanejo na região rural, organizando a sua vacaria. O trabalhador faz dessa atividade uma maneira de sustentar a família. Mas, em 10 anos de seca seguida, a economia do Seridó ficou muito reduzida e a situação praticamente insustentável”, disse.

Conforme o parlamentar, hoje os insumos são caros e comprometem a produção. “Eu recebi essa demanda do presidente do Sindicato de Trabalhadores Rurais, Raimundo Nonato, e ele expressa o sofrimento dele e de todo pequeno produtor, já que o preço do leite está cada dia mais reduzido e o preço do concentrado cada dia mais alto”, explicou. Ele pediu às autoridades responsáveis para que sejam tomadas providências imediatas para socorrer o pequeno produtor de leite.

O deputado Ubaldo Fernandes comentou sobre as festas religiosas em homenagem à Santa Rita de Cássia, destacando as festas do município de Santa Cruz, região do Trairi. “Este é um ano diferente, atípico, já que os atos litúrgicos da igreja não podem receber a participação das pessoas, devido aos cuidados com a pandemia. Isso causa um impacto muito forte no turismo religioso. Nesse período, nos anos anteriores, a população de Santa Cruz duplicava para compartilhar esse momento de alegria. Mas, tenho certeza que isso tudo vai passar e esperamos que próximo ano possa ser essa grande festa que sempre aconteceu”, concluiu.

O parlamentar também parabenizou os Defensores Públicos pela data comemorativa de 19 de maio e comentou sobre a reunião da Comissão de Defesa do Consumidor, dos Direitos Humanos e Cidadania, que aconteceu na manhã desta terça-feira (18), e contou com a participação de Defensores Públicos.

Coronel Azevedo falou sobre a situação dos profissionais do segmento de eventos no estado. “Tivemos, na semana passada, uma reunião com representantes do setor de turismo, especificamente com o segmento de eventos. Nós discutimos a questão de protocolos de segurança contra a Covid-19 já implantados em outros estados e eles relataram desafios e dificuldades de lidar com os protocolos aqui no RN”, informou.
Ele disse também que haverá uma reunião, na tarde desta terça-feira (18), da Comissão de Turismo onde esse assunto será colocado em pauta. Coronel Azevedo buscou demonstrar o esforço dos parlamentares em contribuir para soluções que minimizem esse problema.

O pronunciamento de Eudiane Macedo disse respeito a uma decisão da justiça que suspendeu uma Lei estadual, de autoria do então deputado Sandro Pimentel, que determinava a fixação de cartazes informativos sobre discriminação por orientação sexual e identidade de gênero. “A Lei foi votada nesta casa e foi aprovada. O que mais me surpreende é que justamente no dia 17 de maio, Dia Internacional contra a LGBTfobia, essa decisão tenha sido tomada. Isso mostra o quanto a nossa sociedade ainda precisa evoluir. Não é somente sobre a fixação do cartaz, é sobre respeito, inclusão, amor, educação e, principalmente, garantia de direitos”.

“Me revolta saber que as entidades empresariais do nosso estado buscaram a justiça para suspender a Lei, trazendo argumentos que ela podia ajudar militantes LGBT. Também disseram que o cartaz ocuparia um espaço nos seus estabelecimentos. Que espaço insuficiente é esse, que não cabe um cartaz no tamanho de uma folha de papel ofício?”, questionou a parlamentar.

Ela complementou que na Paraíba uma Lei de mesmo teor já vem sendo executada há muitos anos em todos os estabelecimentos. “Até nos carrinhos de cachorro-quente existem vários cartazes e, aqui, o nosso estado não aceita esse tipo de lei”, finalizou.

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