Comitê de Temer doou, em 2014, à campanha de delegado cotado a 02 da PF

O presidente Michel Temer (PMDB), por meio de seu comitê eleitoral, doou, em 2014, R$ 11,6 mil à candidatura de seu então colega de partido Sandro Avelar à Câmara dos Deputados. Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Avelar, que é delegado da Polícia Federalestá cotado pelo novo diretor-geral, Fernando Segóvia, para o cargo de diretor executivo da corporação.

O Direx é número 2 na hierarquia da PF. O ‘01’, Fernando Segóvia, foi indicado por Michel Temer na quarta-feira, 8, e já discute a composição de sua diretoria.

O número 2 da PF é quase uma extensão do número 1. Ele substitui o diretor-geral em reuniões quando o número 1 não participa.

A campanha de Sandro Avelar a deputado federal recebeu um total de R$ 460.091,83 em doações. Na lista, além do presidente da República, estão o PMDB do Distrito Federal, construtoras, empresa de combustível.

O partido foi responsável por R$ 236 mil da campanha. Sandro Avelar se desfiliou após a disputa em que recebeu 21.888 votos e não se elegeu. As informações são de Julia Affonso, Fabio Serapião e Fausto Macedo, O Estado de são Paulo.

Atualmente na presidência da Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, Avelar foi secretário de Segurança do Distrito Federal na gestão de Tadeu Filippelli (PMDB), alvo da Lava Jato e ex-assessor do presidente Michel Temer. O delegado ficou no cargo de secretário entre 20011 e 2014, quando saiu para concorrer à vaga na Câmara.

Uma das principais diretorias, a de Combate ao Crime Organizado, tem como principal nome cotado o delegado Eugênio Ricas, que foi o número 2 de Segóvia na Superintendência da PF no Maranhão, entre 2008 e 2011. Atualmente, Ricas ocupa o cargo de secretário estadual de Controle de Transparência do Espírito Santo.

A Diretoria de Combate ao Crime Organizado é a responsável pelas delegacias que tocam as operações de combate a corrupção em todo Brasil. Caso seja nomeado, Ricas terá de escolher o novo coordenador de combate à corrupção da PF. O cargo foi criado recentemente por Leandro Daiello, antecessor de Segóvia, e tem como função centralizar as investigações de combate a crimes financeiros e corrupção.

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