Com isolamento social, potiguares reinventam festas juninas e criam arraiá a distância

Em um mês de junho diferente, sem quadrilha junina nas ruas e sem fogueira, a festa de São João precisou se reinventar por causa do isolamento social para conter o avanço da Covid-19. Os moradores de um condomínio localizado na Zona Sul de Natal adaptaram um arraiá, na noite de sábado (20).

Artistas se apresentaram no térreo e moradores acompanham das varandas — Foto: Cedida

Artistas se apresentaram no térreo e moradores acompanham das varandas — Foto: Cedida

Com direito a trio de forró pé de serra, correio elegante e decoração junina, o arraiá improvisado animou as varandas dos condôminos. O “Eu de cá e tu de lá” ocorreu dentro das normas de distanciamento e higiene, necessárias durante a pandemia do novo coronavírus, garantem os moradores.

“A gente tinha a ideia de fazer alguma apresentação para dar uma aliviada na saúde mental das pessoas e resolvemos organizar esse arraiá porque aqui moram muitos idosos e também muitas crianças”, conta a moradora Francinaura Almeida, que ajudou a organizar a festa.

Os moradores se reuniram pelo grupo de mensagens do prédio para contratar os músicos, montar o palco e enfeitar as varandas e corredores com bandeirinhas juninas. Tudo para trazer o São João para dentro das casas e não deixar um dos períodos mais aguardados do ano passar em branco.

“O São João é uma festa super importante para o nordestino. As crianças amam essa época e elas também se envolveram na organização da festa, cortando bandeirinhas. Foi uma distração para todos, todo mundo se vestiu a caráter e acompanhou o forró nas varandas”, conta Francinaura Almeida.

A festa também teve um correio elegante. Os organizadores colocaram uma caixa com papel e caneta, ao lado de um pote de álcool em gel, para que as pessoas pudessem deixar mensagens de apoio e carinho para as outras. As mensagens foram lidas pelo cantor, no momento do arraiá.

“Recebi ligações de alguns idosos agradecendo a ideia das mensagens. No meio dessa pandemia, os idosos sofrem por pertencerem ao grupo de risco. Entre as crianças, chega uma hora em que não há brinquedo que dê conta, então esse arraiá foi um alívio para todo mundo”, acrescenta Francinaura.

G1RN

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