Com apoio de Alckmin e Doria, PSDB decide permanecer na base de Temer

Encontro conta com a presença do governador e do prefeito de São Paulo, Geraldo Alckmin e João Doria - André Dusek/Estadão

Sob o pretexto de apoiar a tramitação das reformas trabalhista e da Previdência, tucanos decidiram não desembarcar do governo

Igor Gadelha e Renan Truffi, O Estado de S.Paulo

Principal fiador do presidente Michel Temer no Congresso Nacional, o PSDB decidiu na noite desta segunda-feira, 12, em reunião ampliada da executiva nacional e de demais lideranças do partido, que vai permanecer na base aliada. Os tucanos adotaram o discurso de que não podem desembarcar agora do governo, sob o argumento de que um eventual rompimento com Temer poderia prejudicar a aprovação das reformas da Previdência e trabalhista.

A decisão foi anunciada pelo ex-ministro das Relações Exteriores de Temer, o senador José Serra (SP). Em entrevista à imprensa, ele afirmou que a maioria dos tucanos decidiu continuar com o governo até que novos fatos surjam. “O PSDB não fará nenhum movimento agora no sentido de sair do governo. Se os fatos mudarem, terão outras análises”, afirmou o parlamentar paulista. “É um governo que tocou adiante compromissos que assumiu conosco. Isso é visto como algo positivo”, acrescentou.

O senador disse que a reunião não tratou de uma eventual denúncia do  procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente.  Mas, nos bastidores, tucanos defendem que legenda deve esperar a eventual denúncia, que deve acontecer até o fim de junho, para se posicionar.

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