BNDES tem até setembro para renegociar dívidas com os estados

O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB-GO), disse após o jantar do presidente Michel Temer com os governadores que o governo federal quer que o BNDES conclua o processo de repactuação das dívidas dos estados com o BNDES até setembro. Os chefes dos estados têm até o dia 31 de julho para apresentar seus pleitos ao banco.

Segundo Perillo, o presidente do Senado, Eunício Oliveira, que também participou do jantar, se comprometeu a por em votação na próxima semana uma resolução que regulamenta a renegociação e dará sinal verde ao BNDES para iniciar o processo.

— Eu diria que todos nós saímos satisfeitos com o encaminhamento das coisas. Pedimos prazos curtos e soluções rápidas — disse o governador, segundo O Globo.

Ele lembrou que a repactuação envolve um montante de R$ 20 bilhões em dívidas que os entes federais têm com o BNDES. São débitos garantidos pela União e que serão renegociados. Há outros R$ 30 bilhões devidos pelos estados, referentes a empréstimos concedidos para a construção das obras da Copa. No entanto, neste caso, como não há aval do Tesouro Nacional, ainda não existe consenso sobre como essa demanda será tratada pelo governo federal.

— Isso incomoda demais os estados (…) Essa dívida terá que ser renegociada também porque os estados estão quebrados — disse o governador, acrescentando que o presidente do BNDES prometeu resolver o problema até o próximo ano.

Perillo disse também que o presidente Temer prometeu se reunir com os governadores a cada dois meses. Ao ser indagado se Temer pediu apoio dos governadores para enfrentar a crise, ele respondeu que nenhuma palavra foi falada durante o jantar sobre o tema. O governador mencionou que o encontro foi suprapartidário. Porém, ele admitiu que o evento teve caráter simbólico, no sentido de fortalecer o governo.

— Acho que o retrato (do jantar) já é uma resposta. Na verdade, demonstra a normalidade.

O governador destacou que seu partido apoia as reformas. Na segunda-feira, o PSDB, principal aliado do governo, decidiu permanecer na base aliada.

— É claro que nós governadores do PSDB apoiamos e temos um compromisso com as reformas porque elas são fundamentais para a retomada do crescimento da economia.

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