O bloqueio de recursos do Ministério da Educação (MEC) é o maior desde pelo menos 2016, durante o governo Dilma do PT. Foram congelados 31,4% dos recursos discricionários (não obrigatórios, que não incluem folha de pagamento) este ano. Em 2018, essa taxa foi de 8,5%, em 2017 ficou em 16,8% e em 2016 atingiu 6,4%, de acordo com dados do próprio MEC apresentados pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub .
Weintraub foi às redes sociais para defender, fazendo contas em uma lousa, que o bloqueio em universidades federais é de cerca de 3,5% do total. Isso porque ele considerou despesas que não são passíveis de contingenciamento, como salários de servidores. Mas, se avaliado apenas o montante que pode ser atingido pela medida, o represamento de recursos em toda a pasta vai a 31,4%.
Em 2018, o percentual de contingenciamento atingiu 8,5% dos R$ 24,3 bilhões discricionários da pasta, ficando livre R$ 22,2 bilhões. Já em 2017, o bloqueio atingiu 16,8% dos R$ 26,5 bilhões. No ano de 2016, o contingenciamento foi de 6,4%, deixando livres R$ 25,5 bilhões de um total de R$ 27,3 bilhões.
Os dados exibidos pelo ministro da Educação cobriram apenas o período de 2016 a 2019. A pasta foi procurada para explicar o motivo de um bloqueio tão elevado em 2019 em relação aos anos anteriores mostrados, mas O Globo não obteve retorno.