Benes diz que foi usado como “desculpa” para rompimento de Garibaldi com Henrique

O deputado federal Benes Leocádio (União Brasil) comentou a polêmica que envolveu seu nome e resultou no rompimento político entre osa ex-ministros Henrique Eduardo Alves e Garibaldi Filho. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News Natal (93,5 FM), na manhã desta segunda-feira (6), o deputado negou que tenha recebido apoio de qualquer liderança ligada ao deputado federal Walter Alves (MDB). Benes afirmou, inclusive, que no passado chegou a receber pedido de Garibaldi para que não votasse em Henrique.
Durante a entrevista, o deputado federal falou sobre a importância que a bancada federal potiguar teve no financiamento de ações no Rio Grande do Norte nos últimos quatro anos, atacando o Governo do Estado sobre a falta de investimentos em obras durante a gestão da governadora Fátima Bezerra.

“O Governo do Rio Grande do Norte tem se limitado a registrar que essa gestão tem sido praticamente para atualizar os pagamentos. Não existe investimento próprio do Governo Estadual, a não ser os R$ 48 milhões de emendas impositivas dos deputados”, apontou o deputado, afirmando ainda que a bancada federal destinou mais de R$ 400 milhões para obras importantes, como a barragem de Oiticica, Reta Tabajara, revitalização da Redinha e Ponta Negra, e outras ações.

Falando sobre a relação de seu nome ao rompimento político entre Henrique e Garibaldi, Benes foi enfático em afirmar que não acredita que esse tenha sido o real motivo do afastamento. Assim como o ex-ministro Henrique Alves, Benes Leocádio garante que não teve nenhuma base de Walter Alves seguindo para seu lado na campanha de 2018.

“Não veio à tona uma única liderança que Henrique tenha tirado de Walter para apoiar Benes. Não fui apoiado por nenhum deputado do MDB. Agora, a posição pessoal de Henrique em nos apoiar não é algo de se estranhar”, afirmou o deputado. “Minha vida inteira sempre foi votando, durante 30 anos. Então Benes só servia para votar? Não poderia ser votado? Se isso é uma desculpa para outro problema que está por trás e a gente não sabe, isso deveria ser riscado. Tenho muito respeito por todos”, disse.

Na entrevista, Benes Leocádio afirmou, ainda, que recebeu de Garibaldi o pedido para que votasse em outro candidato a deputado federal em 2002, quando Henrique Eduardo Alves tinha o apoio de Benes e disputava renovar o mandato na Câmara dos Deputados.

“Em 2002, a gente votava em Henrique e foi convidado a não continuar votando, a pedido de Garibaldi, para votar em Nélio Dias, ex-conselheiro do Tribunal de Contas. (Com Nélio Dias vencendo), Estava indo para o lugar dele (no TCE) o conselheiro Paulo Eduardo Alves, atual presidente do TCE, que é irmão de Garibaldi”, garantiu Benes Leocádio.

No entendimento do deputado, o rompimento entre os agora ex-aliados já vinha de algum tempo “sem ser esse o problema”. “Foi a a desculpa, e espero que isso seja passageiro”, afirmou Benes, relembrando que foi apoiado em 126 cidades pelo vínculo municipalista que tinha antes de entrar na disputa. “Conheço muita gente. Fui votado em 166 dos 167 municípios. É um diferencial que deixo para a avaliação da população”, disse o deputado.

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