ANP abrirá investigação sobre vazamento em plataforma da Petrobras

Sede da Petrobras no Rio de Janeiro

A ANP, agência reguladora do setor de petróleo, abrirá um processo de investigação sobre vazamento de óleo ocorrido na madrugada de sábado (23) na plataforma da Petrobras P-58, a terceira maior produtora do Brasil, causando derramamento de volume inicialmente estimado pela petroleira em 188 mil litros.

O incidente ocorreu com o rompimento de mangote da plataforma, durante operação de transferência de petróleo para navio aliviador, segundo informações publicadas pela estatal. Não houve vítimas, nem impacto para as operações, pontuou a companhia.

O objetivo da investigação, segundo a autarquia informou nesta segunda-feira (25), será “divulgar um alerta de segurança para a indústria, de forma a evitar a ocorrência de outros casos semelhantes”.

A Petrobras informou na véspera que o sobrevoo realizado na tarde de domingo (24) atestou que as ações de respostas ao vazamento foram efetivas, restando apenas uma mancha de óleo residual, que deveria ser totalmente dispersada pelas embarcações ao longo da noite. A empresa ainda não publicou uma atualização sobe o caso nesta segunda.

O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) afirmou no dia do vazamento, após um sobrevoo, que o vazamento chegou a 260 mil litros e que, no fim da tarde de sábado, o trecho de maior concentração da principal mancha atingia 2,4 km de extensão por 0,55 km de largura.

Laudo técnico vai determinar a dimensão do dano ambiental e servirá de base para aplicação de sanções à Petrobras, segundo explicou o Ibama.

Em operação a cerca de 80 quilômetros da costa do Espírito Santo, no Parque das Baleias, Bacia de Campos, a P-58 produziu média diária de 142,4 mil barris de petróleo e 4,5 milhões de metros cúbicos de gás natural em dezembro, segundo os últimos dados publicados pela autarquia.

Apenas as plataformas Cidade de Maricá e Cidade de Ilha Bela, ambas em operação no pré-sal da Bacia de Santos, produziram mais do que a P-58 em dezembro.

REUTERS

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