Alvo de prisão pela PF, número 2 do Ministério do Trabalho, está em Londres

Ministro do STF Fachin mandou prender secretário executivo do Ministério do Trabalho

Alvo de uma operação da Polícia Federal deflagrada nesta quinta-feira, o secretário-executivo do Ministério do Trabalho, Leonardo Arantes, é sobrinho de Jovair Arantes, líder do PTB na Câmara e um dos principais controladores do loteamento de cargos na pasta. No ministério há pouco menos de dois anos, Leonardo já se envolveu em polêmicas.

Um mandado de prisão preventiva foi expedido contra Leonardo, mas ele não foi preso porque está em Londres, em missão oficial do ministério. Enquanto isso, policiais federais cumpriram mandados de busca e apreensão nos gabinetes de Jovair e de outros dois deputados: Paulinho da Força (SDD-SP), Wilson Filho (PTB-PB). Eles são suspeitos de integrar um esquema que fraudava concessões de registro sindicais no ministério.

Leonardo José Arantes chegou ao cargo de secretário de Políticas Públicas de Emprego em 2 de junho de 2016, com salário de R$ 16,2 mil, pelas mãos do tio — o sobrinho de Jovair acumula o cargo com o de secretário-executivo da pasta. O Globo

Os dois foram os responsáveis pela nomeação de Mikael Tavares Medeiros, um jovem de 19 anos, num cargo comissionado de coordenação. O rapaz passou a ser o responsável pela liberação de pagamentos na ordem de R$ 473 milhões por ano, tendo liberado, inclusive, pagamentos de um contrato suspeito de superfaturamento. Mikael acabou demitido do ministério.

Além disso, poucos dias depois de ser nomeado, Leonardo levou para Brasília três amigos de Goiânia, nomeados em funções comissionadas no ministério. Na pasta, são eles os responsáveis por gerenciar a liberação dos pagamentos e fiscalizar os repasses a uma empresa de tecnologia suspeita de superfaturar contratos, a B2T.

Um é o gestor dos contratos com a empresa B2T, cujos contratos foram superfaturados, segundo auditoria do Ministério da Transparência e Controladoria Geral da União (CGU). Foi um desses amigos que fez os encaminhamentos para que uma nota fiscal de R$ 32,8 milhões fosse paga a partir de encaminhamentos pelo jovem Mikael. Os outros dois são fiscais desses repasses. Todos são filiados ao PTB em Goiás.

Os quatro amigos são companheiros de “pelada” em Goiânia. O time tem até nome: Curva de Rio. No fim do ano, costumam jogar no estádio Serra Dourada, o mais importante da cidade. Os amigos têm apelidos dentro das quatro linhas. Arantes é “Verminho”; Leonardo Soares de Oliveira, seu chefe de gabinete, é o “Fezes”.

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