Alckmin e Doria a portas fechadas com Valdemiro Santiago e pastores

O périplo de candidatos em campanha a igrejas evangélicas começou na manhã desta quinta-feira, 23, para Geraldo Alckmin e João Doria, que disputam a Presidência da República e o governo de São Paulo pelo PSDB, respectivamente.

Alckmin e Doria participaram de um encontro com pastores e bispos da Igreja Mundial do Poder de Deus, fundada pelo polêmico Apóstolo Valdemiro Santiago– aquele que, em janeiro de 2017, em um espaço de apenas dez dias, virou notícia por ter sido esfaqueado no pescoço dentro da própria igreja e resgatado por bombeiros em um barco à deriva em Ilhabela (SP).

Conhecido pelo jeito performático de pregar, e com o chapéu de cowboy que lhe é característico, desta vez na cor preta, Santiago recebeu os tucanos no salão principal da igreja, no térreo da sede da Mundial, localizada no bairro do Brás, em São Paulo. A presença de jornalistas foi vetada no encontro, que durou cerca de uma hora e meia, e tanto Alckmin quanto Doria saíram de lá sem falar com a imprensa. Os tucanos chegaram e deixaram a igreja separados.

A aproximação com líderes evangélicos, cujo apoio é sempre muito visado por políticos em campanha, é uma das frentes em que Geraldo Alckmin tentará conter o avanço de Jair Bolsonaro, o candidato do PSL ao Palácio do Planalto.

Conforme a mais recente pesquisa Ibope para a Presidência, Bolsonaro lidera a preferência do eleitorado evangélico no cenário sem a candidatura do ex-presidente Lula, com 26%. Alckmin é apenas o quarto entre este nicho eleitoral, com 7%.  João Pedroso de Campos – VEJA

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