Presos da Lava Jato saem do território de Moro e voltam para os seus Estados

Sergio Moro

Parte dos condenados da Lava Jato que tiveram prisão decretada pelo juiz Sergio Moro não está cumprindo pena no Paraná. Em alguns casos, a Justiça Federal autorizou alvos da operação a permanecer em seus Estados, como Rio de Janeiro e São Paulo.

Três foram para o complexo de Tremembé – a 147 quilômetros de São Paulo –, conhecido por abrigar presos de crimes de repercussão. O complexo recebeu Júlio César dos Santos, ex-sócio de José Dirceu, e o irmão do ex-ministro Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, que tiveram a pena executada por Moro em fevereiro. Outro detido na unidade é Márcio Bonilho, acusado de auxiliar o doleiro Alberto Youssef a lavar dinheiro.

De oito réus que estavam soltos e foram presos desde o ano passado, após condenação em segunda instância, cinco foram autorizados pela Vara Federal responsável por execução penal no Paraná a permanecer em seus Estados. Entre os argumentos para isso está o de que não há contra eles outros processos ou investigações em andamento que exigiriam a presença deles no Estado do Paraná.
Lula. Essa, no entanto, não é a situação do ex-presidente Lula (PT): além do processo do tríplex, ele tem mais duas ações penais em Curitiba, que envolvem a compra de um terreno para o Instituto Lula e reformas de um sítio em Atibaia (SP).

Por isso, ainda é incerto onde o petista cumprirá sua pena, caso o Supremo Tribunal Federal (STF) negue seu pedido de habeas corpus preventivo no dia 4 e a Justiça Federal decrete sua prisão. O Ministério Público Federal vem defendendo que o cumprimento da pena ocorra no Estado onde a Lava Jato começou.

Desde as fases iniciais da operação, os presos provisórios têm sido transferidos para o Paraná logo depois de suas prisões. No Estado, eles ficam na Superintendência da Polícia Federal ou no Complexo Médico-Penal de Pinhais.

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