Com obstruções, governo não descarta levar reforma trabalhista direto ao plenário

O governo está disposto a levar a reforma trabalhista direto para o plenário do Senado se a oposição continuar obstruindo as discussões.

Após uma sessão tumultuada na última terça-feira na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), com um bate-boca que quase rendeu confronto físico entre senadores, um interlocutor do Palácio do Planalto disse que o governo considera voltar atrás no acordo feito com a oposição para que o projeto passe por três comissões, a CAE e as comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Constituição e Justiça (CCJ).

— A gente puxa pro plenário. Nós estamos querendo discutir, eles estão querendo brigar. As informações são de O Globo.

Para levar a matéria para o plenário, seria necessário um requerimento de líderes, com assinaturas dos representantes de pelo menos 41 senadores. Isso seria dificultado pela oposição feita pelo líder do PMDB na Casa, Renan Calheiros (AL), às reformas. O senador tem defendido abertamente que o projeto da reforma trabalhista precisa de mudanças e que a tramitação não pode ser apressada.

O governo ainda considera ter condições de votar a reforma no Senado, apesar do cenário de incertezas deixar os senadores inseguros. Além da situação política frágil de Temer após as denúncias envolvendo seu nome, há ainda o risco de o presidente ser cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A aprovação da reforma trabalhista no Senado está vinculada a um acordo costurado entre a base e Temer para que uma medida provisória seja publicada modificando alguns itens. Além disso, há vetos negociados para algumas questões.

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