A Coreia do Norte avisou os Estados Unidos que enfrentará uma “crise fora de controle em um futuro próximo” e acusou a Coreia do Sul de realizar uma “provocação intolerável” contra Pyongyang em uma série de declarações divulgadas neste domingo (2) — comentários que podem abrir caminho para um confronto entre os três países.
Em uma declaração, a Coreia do Norte repreendeu o presidente dos EUA, Joe Biden, por dizer, em um discurso no Congresso na última quinta-feira (29), que o programa nuclear de Pyongyang representa “uma séria ameaça à segurança da América e do mundo”.
Uma declaração separada acusou os EUA de se envolverem em “políticas chicanas” na semana passada, quando o Departamento de Estado chamou a Coreia do Norte de “um dos estados mais repressivos e totalitários do mundo”.
E uma terceira declaração atribuída à irmã do líder norte-coreano Kim Jong Un, Kim Yo Jong, advertiu que a Coreia do Sul enfrentaria consequências depois que desertores norte-coreanos usassem balões para enviar folhetos para o território norte-coreano.
Os comentários foram feitos depois que o secretário de imprensa de Biden disse na sexta que o governo havia concluído uma revisão de política de meses para a Coreia do Norte. Washington planeja buscar uma “abordagem calibrada e prática” que difere da estratégia do governo Trump de buscar uma grande barganha ou do foco do governo Obama na “paciência estratégica”.
Biden e seu homólogo sul-coreano, Moon Jae-in, estão programados para se encontrarem em Washington no final deste mês.
As declarações da Coreia do Norte foram mais focadas no que considerou insultos de Biden, do Departamento de Estado e do governo sul-coreano, e todos empregaram a linguagem bombástica frequentemente vista em declarações norte-coreanas de oposição ou desagrado.
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