A força-tarefa da Operação Lava Jato no Ministério Público Federal do Paraná pediu nesta quarta-feira (6) a suspeição do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes no julgamento de reclamação movida por Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, apontado como operador de propinas em favor de tucanos.
O pedido se baseia em ligações trocadas entre o juiz e o ex-ministro e senador tucano Aloysio Nunes, cujo celular foi apreendido na última fase da Lava Jato.
O tucano fez diversos contatos telefônicos com o gabinete de Gilmar em fevereiro deste ano, às vésperas da concessão de um habeas corpus em favor de Paulo Preto, ex-diretor da Dersa (estatal paulista de rodovias).
A decisão de Gilmar anulou a fase final de um processo contra Souza, que investiga desvios de dinheiro público nas rodovias de São Paulo, o que levaria o caso à prescrição.
Cerca de duas semanas depois, porém, a liminar foi reconsiderada pelo próprio ministro, já que as diligências na Justiça Federal de São Paulo já haviam sido realizadas ou estavam prejudicadas. Estelita Hass Carazzai – Folha de São Paulo
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