A seis meses do fim do mandato de membros do Conselho Nacional de Educação (CNE), o presidente Michel Temer designou, no fim de março, cinco novos nomes para compor o colegiado. Entre os nomeados está o desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo Marco Antonio Marques, que, em 2007, foi acusado de plágio em um artigo e em sua tese de doutorado (de 1995), durante um processo de candidatura a uma vaga de professor na Universidade de São Paulo (USP).
Segundo o Ministério da Educação (MEC), a escolha de Marques, que dá aulas na PUC-SP há 33 anos, foi uma decisão do presidente. O desembargador negou cópia ou qualquer irregularidade em seus trabalhos, segundo informações de O Globo.
Há 11 anos, Marques se candidatou a uma vaga de professor de Direito Penal na USP e acabou denunciado pelo docente da universidade David Teixeira de Azevedo por plágio em dois trabalhos que constavam do memorial que apresentou à banca. Um era a tese de doutorado defendida na PUC-SP, na qual Marques teria usado parte de uma obra do autor chileno Hernan Hormazábal Malarée. Outro era um artigo no qual, segundo Azevedo, o candidato reproduziu integralmente 13 páginas do livro “American courts”, do americano Daniel John Meador.
Leia maisTemer nomeia juiz acusado de plágio para o Conselho Nacional de Educação