Votos contrários se multiplicam, segundo enquete de ‘O Globo’

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Trocas. Da tropa de choque de Temer, Marun assumiu vaga de titular na CCJ para ajudar governo

Entre o último domingo e a manhã de ontem, mais oito deputados que integram a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara declararam apoio à abertura do processo contra o presidente Michel Temer por corrupção passiva. Ao mesmo tempo, apenas dois parlamentares falaram abertamente que votarão para engavetar a denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da República (PGR). Isso significa que, em cinco dias, os votos contra o presidente na comissão cresceram quatro vezes mais que as declarações de apoio ao peemedebista.

O levantamento foi feito pelo jornal “O Globo”, que procurou todos os deputados titulares da comissão que vai analisar a acusação contra Temer. Quando a primeira parcial da enquete foi publicada, no domingo, 13 deputados se manifestaram pela admissão da abertura do processo penal, e quatro disseram que votarão contra a acusação. Ao todo, a CCJ tem 66 titulares.
A deterioração do apoio ao presidente na Câmara foi evidenciada na quinta-feira, pelo esforço do governo para trocar integrantes da CCJ e também pela admissão de um interlocutor do Planalto de que a base não tem hoje os 34 votos necessários para rejeitar a denúncia por corrupção passiva contra o presidente.

Diante do aumento de votos contrários a Temer, líderes da base aliada começaram a se movimentar para trocar titulares da comissão. Integrante da tropa de choque do presidente, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) será titular do colegiado. Mesmo com a mudança, o número de votos a favor da denúncia contra Temer não cai. Isso porque Marun vai substituir o deputado José Fogaça (PMDB-RS), considerado independente, e que não declarou seu voto.

O PSD também já pediu uma mudança: indicou o deputado Evandro Roman (PR) no lugar de Expedito Netto (RO), mais alinhado ao Planalto. Já o PR ainda analisa se muda um ou dois deputados na CCJ.

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