Porcentual de famílias endividadas sobe a 58,9% em abril, mostra CNC

O porcentual de famílias endividadas em abril deste ano foi de 58,9%, um ponto porcentual acima do registrado no mês anterior, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta quinta-feira, 4, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Essa foi a terceira alta consecutiva captada pela pesquisa.

Comparado ao resultado de igual período de 2016, de 59,6%, no entanto, o cenário é de melhora. “Isso mostra um ritmo ainda fraco de concessão de empréstimos e financiamentos para as famílias”, afirmou a economista da CNC Marianne Hanson, em comunicado.

A pesquisa demonstra ainda que a proporção das famílias que possuem dívidas ou contas em atraso aumentou de 23,7% em março para 24,1% em abril. Na comparação anual, o indicador também teve alta, de 0,9 ponto porcentual. As informações são de O Estado de São Paulo.

Já a parcela de famílias que declararam não ter como pagar as dívidas, permanecendo inadimplentes, diminuiu na comparação mensal, alcançando 9,7% em abril ante 9,9% em março. Essa foi a primeira queda do indicador no ano de 2017. Na comparação anual, no entanto, houve alta de 1,5 ponto porcentual.

A pesquisa demonstrou ainda crescimento do número de famílias que se declararam muito endividadas – de 14,2% em março para 14,3% abril. Na comparação anual, houve pequena queda, de 0,2 ponto porcentual.

O tempo médio de atraso para o pagamento de dívidas foi de 63,1 dias em abril de 2017, acima dos 61,8 dias registrados em igual mês de 2016. Em média, o comprometimento com as dívidas foi de 7,1 meses, sendo que 33,9% das famílias possuem dívidas por mais de um ano. Entre os endividadas, 21,5% afirmam ter mais da metade da renda mensal comprometida com compromissos.

Para 76,6% dos endividados, o cartão de crédito permanece como a principal forma de pagamento, seguido de carnês (15,3%) e financiamento de carro (10,6%).

A pesquisa é apurada mensalmente pela CNC desde janeiro de 2010. Os dados são coletados em todas as capitais e no Distrito Federal, com cerca de 18.000 consumidores.

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