O juiz Sergio Moro negou pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para convocar mais testemunhas no caso do tríplex do Guarujá. Na ação, o petista responde à acusação de lavagem de dinheiro e corrupção passiva por ter supostamente recebido R$ 3,7 milhões em propina da construtora OAS.
“Indefiro, portanto, o requerido, pois a Defesa não cumpriu o ônus de identificar propriamente as testemunhas e indicar o endereço e, além disso, os depoimentos não teriam relevância para esclarecer os fatos”, escreveu o magistrado em despacho publicado no portal eletrônico da Justiça Federal do Paraná, no início da manhã desta segunda-feira. As informações são de O Globo.
No despacho, Moro marcou os prazos para que a defesa de Lula e a acusação — no caso, o Ministério Público Federal (MPF) — apresentem as chamadas alegações finais. Nessa etapa, os advogados de Lula e os investigadores poderão apontar as razões que justifiquem a absolvição ou a condenação do petista.
O MPF terá até o dia 2 de junho; a defesa poderá apresentar as conclusões até 20 de junho. Após essa etapa, Moro vai analisar as alegações de ambos para dar a sentença ao ex-presidente.
Em média, após o interrogatório dos réus, fase pela qual o ex-presidente Lula passou na última semana ao depor em Curitiba, Moro levou, em média 128 dias para publicar a sentença. O levantamento foi feito pelo GLOBO com base em três casos de repercussão julgados pelo magistrado neste ano.
O prazo variou entre 51 dias, no caso do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, e 196 dias, no processo em que os marqueteiros João Santana e Mônica Moura foram condenados.