Marina Silva critica criação de fundo para ‘grandes partidos’

Marina Silva critica criação de fundo para 'grandes partidos'

Marina Silva (Rede) publicou um vídeo nas redes sociais, no final da noite de terça-feira (15) em que afirma que a reforma política em discussão no Congresso Nacional institucionaliza o abuso do poder econômico revelado pela operação Lava Jato.

A ex-senadora e postulante a disputar mais uma eleição para a Presidência da República em 2018 convoca a sociedade a lutar contra a aprovação do fundo eleitoral de R$ 3,6 bilhões e também do distritão, novo sistema para a contabilização de votos para deputados e vereadores. As propostas devem ser levadas ao plenário da Câmara dos Deputados ainda nesta quarta-feira (16).

“A crise que estamos enfrentando no Brasil é dramática e já criou muitos problemas para os brasileiros, com 14 milhões de desempregados. E a política, infelizmente, em lugar de ajudar a resolver os problemas está criando mais problemas do que resolvendo. É o que acontece agora com a dita reforma política que cria um fundo eleitoral, principalmente para os grandes partidos, de R$ 3,6 bilhões”, disse. As informações são da Agência Estado.

“O que eles estão querendo fazer é institucionalizar o abuso do poder econômico que foi revelado pela operação Lava Jato para continuarem fazendo campanhas milionárias, só que que agora com o dinheiro público, com o dinheiro do contribuinte”, afirmou Marina no vídeo.

De acordo com a ex-senadora, que recebeu 22 milhões de votos para presidente em 2014, o distritão também deve ser combatido. “Ele facilita a eleição apenas daqueles que já estão consolidados em uma representação política e dificulta muito a eleição de pessoas e segmentos que têm causas e que dificilmente conseguiriam sozinhos o número de votos suficientes para se eleger. Por isso, é muito importante a sociedade se mobilizar para a aprovação do fundão e do distritão”, afirmou.

Aliado de Marina, o deputado federal Alessandro Molon (Rede-RJ) também tem usado as redes para criticar ambas as propostas de mudança. Segundo o deputado, a criação do fundo vai tornar as campanhas mais caras e ainda trocar o dinheiro privado pelo dinheiro público.

A advogada Janaína Paschoal, uma das autoras do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, usou o Twitter para pedir aos deputados que desistam do fundo eleitoral com dinheiro público. “Não precisa de bilhões para falar a verdade. Ninguém aguenta mais aquele lenga-lenga das campanhas políticas. Corta esse fundo, aí aparecerão as pessoas que realmente se importam com o Brasil.”

Movimentos sociais também intensificaram suas publicações contra o fundo bilionário em análise pelos deputados. O Vem Pra Rua criou uma página na internet com uma espécie de mapa que visa a informar como devem votar os parlamentares.

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